Considerada a “profissão mais antiga do mundo”, a prostituição é definida no dicionário, como “troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais, afetivos ou prazer”, ou seja, consiste em uma relação de troca entre sexo e dinheiro, não sendo uma regra, já que pode entrar no acordo bens materiais, informação, entre outros interesses. By Roberta Leal ..

Profissão: Garoto de Programa

Profissão Garoto de Programa
Mario*, 23 anos, é formado em administração, gerencia uma lan house e namora há três anos. Poderia ser um homem comum, se não fosse um pequeno detalhe.

Durante a noite, Mario trabalha como garoto de programa. A namorada do gerente não sabe de sua "segunda profissão" e ele prefere que continue assim. Pereira administra os encontros com as clientes e seus momentos com a namorada, com quem pretende um dia se casar. "Ela acha que eu estou em uma fábrica. Prefiro não contar. Ela é bem ciumenta e não iria entender. Mas logo consigo juntar dinheiro para casar com ela e não preciso mais mentir. Mas é só isso que eu minto, não a traio nem nada", garante. Como não considerar uma traição estar com uma mulher diferente a cada noite? "Eu não me envolvo, é só sexo e por dinheiro. Se rolasse sentimento, desejo, podia falar que foi traição sim. Mas não tem disso, eu não me envolvo, só amo minha namorada. Minha alma é dela", afirma o garoto de programa, que diz nunca ter se apaixonado por nenhuma cliente.
Mario conta ainda que entrou nesse ramo por intermédio de uma amiga, que trabalhava como acompanhante em uma agência e sabia que ele estava precisando de dinheiro. "Ela me indicou. Disse que eu devia levar jeito porque gostava da coisa", se diverte. Inicialmente, o gerente tinha um programa por semana. Hoje, depois de seis anos na profissão, tem cliente quase todas as noites.
Com algumas clientes fixas, Mario diz que algumas mulheres o chamam apenas para conversar. "Elas precisam de um acompanhante e encontram em mim o que o marido não faz, que é ouvi-las de verdade, deitar no colo, fazer carinho, sem sexo mesmo", afirma.
Bruna* concorda com Mario. Cliente fixa do garoto de programa, ela procurou o serviço pela primeira vez em 1997, quando uma amiga que conheceu um garoto em uma despedida de solteiro o indicou. "As mulheres têm que parar de sofrer quando o homem procura prostituta ou trai. Temos os mesmos direitos. Os meninos são carinhosos, sabem fazer coisas que marido não sabe, atingi orgasmos maravilhosos", diz a cliente, que ainda completa. "Estamos no século XXI e temos o direito de ter prazer sexual, carinho e compreensão".
Casada há 15 anos, o que impulsionou Bruna a procurar o garoto de programa foi a traição de seu marido. "Meu marido não me dava atenção. Na verdade, uma traição dele me impulsionou. Eu descobri, falei que perdoei, mas não perdoei. Quando me sinto mal por estar na cama com outro, penso no que meu marido me fez. Mas não me separo, pois ainda o amo. Ele é o pai dos meus filhos, temos uma família, apesar dos erros", declara.
Bruna gasta cerca de mil reais por mês com o acompanhante, mas não acha que é muito. "É do meu salário", diz. Por ter casado virgem e jovem, ela achou que deveria ter novas experiências. "É bom, tenho alguém para conversar e me dar carinho. Ele é atencioso, ao contrário do meu marido. Com ele tenho novas experiências", diz.
Tanto Mario quanto Bruna garantem que sempre usam camisinha em suas relações. "Uso preservativo e sempre faço exame. Tenho uma namorada para cuidar, não posso deixar que nada passe para ela. Mulher é mais tranqüila, nenhuma me pediu para fazer sem", diz o garoto. "Uso sim, afinal sou casada e não sou a única cliente do Mario. Tenho uma família, preciso me cuidar", afirma Bruna.
O garoto de programa ainda pretende deixar essa vida. "Assim que juntar uma grana da qual eu possa viver, aplico meu dinheiro e ele vai render bastante, daí eu largo", afirma.
Leia também - Ser amante - o relato da "outra"!
*nomes fictícios

Por onde anda Bruna Surfistinha?

Bruna Surfistinha
Ela já vendeu mais de 300 mil exemplares, com a história de uma vida (nada) fácil.

Raquel Pacheco - ou Bruna Surfistinha - soltou o verbo e, em 2005, lançou seu primeiro livro, “O Doce Veneno do Escorpião”. Um ano depois, e já fenômeno editorial, ela assumiu a própria identidade e publicou “O que aprendi com Bruna Surfistinha”. Agora é a vez de ousar ainda mais. “Na Cama com Bruna Surfistinha”, o mais recente trabalho de Raquel, também virá lacrado, com o selo de recomendação de leitura para maiores de 18 anos.

Segundo ela, este livro é mais apimentado do que os outros dois, já que o foco principal é sexo. Desde a época que se prostituía e tinha um blog, Raquel recebia muitos e-mails de mulheres pedindo dicas e conselhos sexuais. Então, decidiu tirar as principais dúvidas neste livro. “Com ele, a leitora pode tanto aprender técnicas que considero como fundamentais para realizar um sexo oral inesquecível para o parceiro, como dicas para um strip-tease especial”, conta. Nos outros livros havia mais detalhes da sua vida pessoal. Nesse, o objetivo é apimentar a vida sexual dos leitores.A história de Raquel (e Bruna) surpreende a maioria das pessoas porque ela deixou o lar rico para viver da prostituição. Esse espanto, segundo ela, é porque a garota de programa carrega um estereótipo de vir de família pobre e sem condições para arrumar um trabalho considerado normal perante a sociedade. “Mas posso afirmar que não fui a primeira de uma família com boa condição financeira que buscou a prostituição para ganhar dinheiro. Isso é mais comum do que as pessoas podem imaginar”. A diferença é que a maioria das companheiras de Raquel na vida fácil tem como lema a discrição. Ela não.
Raquel conta que o que levou ao mundo da prostituição foi dinheiro. “Ele é um vício, quanto mais temos, mais queremos. Por ter tido tudo o que queria materialmente e uma vida bastante cômoda, não queria sair da casa dos meus pais e perder a comodidade pela qual estava acostumada”, confessa. A prostituição foi a única maneira que ela encontrou de manter o padrão.
“Comprei um jornal com anúncios de vagas de emprego e, nas últimas páginas havia apenas anúncios de casas de prostituição”, conta. Instigada pelos anúncios que prometiam R$ 2 mil por semana, achou que era tudo que precisava. Aos 17 anos, fingiu que ia à escola e nunca mais voltou. “Quando percebi que aqueles anúncios não passavam de ilusão, já era tarde demais”, lamenta. “Apesar dos pesares, gostei daquela vida, tinha que encarar momentos horríveis, mas, por gostar muito de fazer sexo, encontrei entre as pernas, a chave para a liberdade. E a tão desejada independência financeira”.
Em entrevista para o Vila Dois, Raquel fala mais sobre a vida que escolheu - e porque resolver deixar. Madura, diz que tem os pés no chão, mesmo com toda fama que a mídia lhe deu. “Estou preparada para cair no esquecimento”. Em 2005, já decidida a largar a prostituição, conheceu o namorado e teve certeza que era mesmo hora de parar. “Tive medo de sentir falta de sexo em abundância ou do fato de ganhar dinheiro todos os dias, mas hoje sei que valeu a pena”.
O que mudou depois da publicação dos seus livros?
Eu não esperava o sucesso que conquistaria ao dividir a minha história com a sociedade e os frutos que colho ao ter dado a cara à tapa, me surpreendem até hoje. A principal mudança é que minha vida se tornou mais agitada, pois muitas oportunidades surgiram e estou focada em projetos que apareceram após os livros. Para aproveitar esta fase e fazer o máximo de limonada que consigo com um limãozinho, tenho de abrir mão de coisas que ainda não consigo conciliar, por falta de tempo, como a faculdade de Psicologia que tanto quero fazer.

No seu blog diz que você largou a prostituição. Bruna Surfistinha nunca mais?
Comecei a fazer programa já sabendo que não seria por muito tempo. Logo na primeira semana coloquei na cabeça que eu não ia querer me prostituir por mais de cinco anos. No segundo ano já comecei a cansar da situação de ir para a cama várias vezes por dia, eu tinha os meus momentos de prazer, mas nunca consegui me ver fazendo a mesma coisa durante a vida toda, gosto de novos desafios. Em 2005, quando completaria três anos, sabia que seria o último, então passei a me preocupar com o futuro, o período pós-prostituição. Mesmo não sendo religiosa, acredito que Deus foi muito bom comigo, acreditou em mim e me ajudou bastante nesta fase. Não é a toa que dizem que Ele não dá asas a cobras. Quanto a voltar a me prostituir algum dia, tenho certeza que isso não acontecerá mais. Aliás, essa á uma das poucas certezas que tenho.
Bruna Surfistinha  entrevista


E a vida de garota de programa, valeu à pena?
Hoje vejo que tinha que ter passado por aquela fase, foi importante para mim em vários aspectos, mas tudo o que tinha que ter vivido como prostituta, vivi. Vi e fiz de tudo no "mundinho da prostituição". Não posso afirmar que valeu totalmente a pena porque só eu sei os momentos que tive de encarar. Mas em contrapartida, conheci pessoas boníssimas e nos últimos meses como garota de programa, conheci o homem com quem aprendi o que é o amor verdadeiro. Além disso, eu acabei me conhecendo também, o fato de ter passado todos estes anos sem a família por perto, aprendi a cuidar de mim e a tomar decisões sozinha. Em três anos, amadureci muito, embora tenha cometido alguns erros no meio do caminho. Não me arrependo por ter sido garota de programa.

Quais seus projetos atuais?
Não posso ainda divulgar os meus projetos atuais, pois gosto de ser uma caixinha de surpresas, mas em 2009 todos se concretizarão. O principal deles é uma boutique erótica, apenas para as mulheres, mas os homens aproveitarão dos benefícios de maneira indireta. Minha vida atualmente é focada nos meus projetos, mas não deixo de me dedicar à vida a dois, que vai muito bem também.

E a família?
Ainda não houve uma reconciliação. Neste ano, completamos seis anos de distância. Ao mesmo tempo que estamos próximos, estamos longe. Mas já consegui lidar com esta situação, respeito o tempo e a decisão deles. É uma conseqüência que pago pela minha fuga aos 17 anos. Assumo que não fui um exemplo de filha, mas na nossa história não há vilão ou mocinho. Ambas as partes erraram em algum momento. Acredito muito que algum dia, nós nos encontraremos novamente e colocaremos todos os pontos nos is. Mas este dia chegará apenas quando nos perdoarmos. Não posso dizer pelos meus pais, mas eu espero muito por este dia.

Seu primeiro livro deve virar filme. Como está esse projeto?

Faz alguns meses que não tenho contato com a produtora TV Zero, responsável por este projeto. Não quero interferir em nada, pois a partir do momento que eles compraram os direitos autorais, a minha história está nas mãos deles. Por ser uma equipe muito boa, confio na conclusão deste projeto e por isso mesmo não me preocupo com nada. É claro que estou bastante ansiosa, mas no fundo a minha ficha ainda não caiu. Falo deste filme como se fosse de alguma amiga muito querida, mas não meu. É difícil de acreditar que haverá um filme baseado na minha vida.

O que acha da relação das mulheres com o sexo?
Está progredindo cada vez mais, pois elas estão se libertando dos tabus. Posso perceber isso com o contato que mantenho com minhas leitoras, que demonstram se preocupar com o próprio prazer. A mulher está aprendendo que pode se entregar ao prazer, ao sexo, sem medo da reação do parceiro e sem a encanação se está o satisfazendo ou não. Antigamente a maioria se preocupava apenas em satisfazer o homem, fazia sexo por fazer. Hoje este grupo é a minoria. Acho engraçado o tabu sobre masturbação feminina, por exemplo. Posso estar enganada, mas a ala feminina não se sente à vontade para comentar sobre este assunto ou simplesmente não se masturbam. Conheço mulheres que não se masturbam de jeito nenhum e não sabem o que estão perdendo. 

O depoimento de uma prostituta de luxo!

O depoimento de uma prostituta de luxo
A ex-prostituta Bruna Surfistinha fez um tremendo sucesso quando lançou o livro “O Doce Veneno do Escorpião”, relato de como entrou para a prostituição e por que resolveu permanecer no ramo. Muitos não entendem e recriminam estas mulheres que exercem a “profissão mais antiga do mundo”. Porém, assim como Bruna, existem muitas garotas que caem nessa vida não por necessidade, mas por opção.
A questão financeira é o maior atrativo para estas moças, conhecidas como prostitutas de luxo.Mariana* tem 27 anos e trabalha no ramo desde os 22. Na época em que começou, ela fazia faculdade de artes cênicas e, para pagar os estudos, trabalhava com eventos. “Um dos clientes com quem trabalhei chamou eu e as meninas da feira onde estávamos para ir a um bar com ele e alguns amigos. Eu aceitei, mas não rolou nada. Ao final da noite, ele me deu R$ 400 só pela companhia. Na época, era mais dinheiro do que eu ganhava em um mês”, conta Mariana.
Hoje, ela tem clientes fixos e faz em média dez programas por semana. Segundo ela, sua renda chega a R$ 12 mil por mês, o que lhe possibilita manter o apartamento de luxo que comprou em São Paulo e mais outras regalias de uma mulher de classe média alta: roupas, academia, tratamentos estéticos e viagens.
Há quatro anos, Mariana se formou e passou a encenar algumas peças de teatro. Por isso, ela acredita que os familiares nunca desconfiaram de sua “segunda vida”. “Nunca comentei com amigos e nem com a minha família. Só duas ou três pessoas sabem do meu trabalho”, afirma.
Já o futuro da jovem é incerto. “Posso casar e ter filhos, posso continuar nessa vida. Não sei! O tempo dirá”, declara. Mariana nunca namorou sério, mas já teve envolvimentos emocionais. “Solidão é o que menos tenho. Estou sempre em festas, rodeada de pessoas, ganho muitos presentes e bajulações. Acho que os que criticam, principalmente as mulheres, têm inveja. As pessoas vivem aquilo que acreditam em um universo medíocre e se satisfazem. Quem pode me culpar por querer sempre mais?”, questiona.
* nome fictício

Tropas da ONU abusam crianças no Haiti e na África, diz ONG

• Mais uma denúncia de abuso sexual por parte dos soldados da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti apareceu ontem, às vésperas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. Uma ONG divulgou um relatório com casos de violência sexual contra crianças a partir de seis anos em locais onde existem missões humanitárias.

Com o nome de “None to turn to – The under-reporting of child sexual exploitation and abuse by aid workers and peacekeepers” (Ninguém a quem recorrer – A pouco denunciada exploração sexual infantil por funcionários de ONGs e tropas de paz), o documento é um trabalho da ONG americana Save the Children. Foram entrevistadas 341 crianças no ano passado na Costa do Marfim, no Sudão e no Haiti.

Alguns dos abusos identificados foram estupro, prostituição infantil, escravidão sexual, pornografia, troca de sexo por comida, tráfico infantil para sexo e exposição a indecências.

Sem afirmar exatamente quem são os acusados dos abusos, o relatório dá pistas ao dizer que “os que cometem os abusos podem ser encontrados em todo tipo de organização de paz e segurança, entre funcionários de todos os níveis e entre trabalhadores recrutados local e internacionalmente”. Diz ainda que as tropas de paz da ONU “são uma fonte particular do abuso em várias localidades, especialmente no Haiti e na Costa do Marfim”.

Entre os casos relatados, uma adolescente haitiana de 15 anos disse que funcionários de agências humanitárias mostraram os órgãos genitais e ofereceram dois dólares para que fizesse sexo oral num parque. Uma menina de 13 anos disse ter sido estuprada na Costa do Marfim por dez capacetes-azuis da ONU. Ninguém foi punido.

Por serem estrangeiros que supostamente estariam “pacificando” esses países, as leis locais não servem para os soldados, que podem agir impunemente.

Essa situação não é nova. Em novembro do ano passado, 108 soldados do Sri Lanka pertencentes à força da ONU no Haiti foram mandados de volta a seu país por abuso sexual, inclusive de menores.

Apesar de o relatório não apresentar nenhum caso envolvendo soldados brasileiros, em 2006 uma garota de 14 anos disse ter sido estuprada numa base da ONU no Haiti em 2004 por um soldado brasileiro. A organização arquivou o caso “por falta de provas”.

UM ESCÂNDALO PERSISITENTE

Todo mundo conhece a trágica situação dos meninos de rua, mas só alguns procuram resolvê-la
As recentes dificuldades econômicas e sociais na região agravaram o problema, levando milhares de meninos e meninas a fugir de seus lares. Os especialistas que trabalham com esta população em risco estão apreensivos. “Hoje, minha preocupação maior é com as muitas famílias e crianças que estão nascendo e vivendo nas ruas, porque isto somente perpetua o ciclo vicioso da negligência e do abuso”, diz Miguel Ángel López, diretor da CONACMI (Associação Nacional de Coordenação contra o Abuso Infantil), na Guatemala.

Os meninos de rua enfrentam todo tipo de risco: violência física e psicológica, abusos sexuais, gravidez, drogas, doenças de toda natureza, incluindo aids, crimes, seqüestros e até escravidão. “A cada dia aumenta o número de meninas nas ruas e aumenta também a prostituição infantil”, diz Isidora Velázquez, diretora da COMPARTIR, uma organização que possui uma rede de casas de assistência a crianças e famílias em Honduras

PROSTITUIÇÃO INFANTIL



No Paraguai o sistema é o mesmo mas,para acrescentar mais dados é bom recalcar que a situação do Paraguai com o alto nível de corrupção em grande parte das instituiçôes oficiais e a falta de trabalho faz com que o nível de mulheres e meninas que se prostituem seja alto e que a forma que cheguam a isto é muitas vezes forçada.
E são estas meninas e mulhres as que são enviadas á Argentina para trabalhar nos prostíbulos.Através de uma pesquisa realizada pela Unicef e a Universidade de Brasília, apresentada pelo governo federal.A exploração sexual é o terceiro mais rentável comércio mundial, perdendo somente para os fabricantes de armas e do narcotráfico. Tendo esse panorama, o Brasil buscou estreitar entendimentos com os governos da Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai e Venezuela para tomar medidas que permitam erradicar a prostituição sexual nas zonas fronteiriças.

Exploração sexual Infantil

Estudo sobre a Prostituição Infantil
Segundo o Diário Popular O governo federal apresentou um estudo sobre a prostituição infantil, um problema que afeta milhares de crianças e meninas e que registra índices preocupantes em 937 cidades do país. "Este é o estudo mais completo sobre a exploração sexual no Brasil e entre as iniciativas já impulsionadas para enfrentar esse problema", afirmou o secretário especial para Direitos Humanos, Nilmário Miranda. Miranda comentou que a pesquisa também investigou como operam as cerca de 240 rotas usadas para o tráfico nacional e internacional de menores de idade destinados à exploração sexual. O secretário destacou que, com as informações obtidas conjuntamente pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Universidade de Brasília, o governo poderá iniciar uma política adequada para enfrentar esse problema. "O que faltava no Brasil era saber onde estavam e quantos eram os municípios onde esse problema é mais preocupante, para assim podermos realizar as ações necessárias", ressaltou. O estudo determinou que 298 municípios do nordeste, uma das zonas mais pobres do país, registram os mais altos índices de prostituição infantil, o que em parte se explica pela pobreza e o analfabetismo característicos da região.

Vergonha

É uma vergonha nacional. É um crime contra nossas jovens. E não é algo que possa ser combatido hipocritamente com ações policiais nas portas dos hotéis. A prostituição em larga escala de nossas crianças e adolescentes é uma conseqüência direta da política macroeconômica: quando o senhor Meirelles mantém em patamares absurdos as taxas básicas de juros, ele está induzindo meninas nordestinas a ganharem a vida na rua; quando o senhor Palocci faz um superávit primário de mais de R$ 80 bilhões por ano, está estimulando a prostituição de nossas adolescentes.
Afundamos numa crise social sem precedentes e nossas elites dirigentes não se dão conta disso, muito satisfeitas pelo fato de terem capturado em suas redes um presidente da República que, por sua origem, parece ser uma boa pessoa para controlar a insatisfação do povo, assim como para atender inconscientemente os interesses das próprias classes dominantes. Acontece que isso tem limite. Vemos esse limite na degradação da infra-estrutura, na ponte da Regis Bitencourt que cai por falta de manutenção, no desemprego e no subemprego, na criminalildade, na insegurança, no aumento da prostituição infantil. É só olhar para ver: a política econômica contracionista está deixando sua marca não só na prostituição infantil, mas em toda vida social brasileira.

PROSTITUIÇÃO INFANTIL


PROSTITUIÇÃO INFANTIL NA VENEZUELA
Assunto polêmico
Há sempre um assunto polêmico de plantão. Se ele faltar, que seja imediatamente inventado, pois não podemos viver sem ele. O assunto agora é prostituição infantil. Na verdade, esse não é um assunto de agora, mas é agora que mais falamos nele. Talvez parte da ênfase seja oriunda do confuso relatório da ONU (ou, como ela diz, do Ministério do Bem-Estar Social?), que declara haver cerca de 500.000 crianças se prostituindo no Brasil. Ainda que tal número seja questionável, e ainda que o assunto tenha um cheiro de polêmica da hora, não podemos ignorá-lo e dizer simplesmente que isso passará. Não resta dúvida que este assunto possui o seu epicentro nas questões sociais do nosso país. As soluções hão de vir de leis mais justas, de não aceitação da impunibilidade, enfim, as soluções são compreensivelmente buscadas na própria sociedade, que pode construir mecanismos eficazes no combate à prostituição, seja ela infantil ou não.

Doenças sexualmente transmissíveis

Os profissionais do sexo possuem uma vida difícil e arriscada. Alguns costumam atender mais de vinte clientes diferentes por dia, o que os deixa mais propensos a contrair e transmitir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e a AIDS. Entretanto, vale lembrar que pessoas que não trabalham com o sexo, também correm risco de contrair doenças em suas relações, quando não há o uso de preservativos.

O Ministério da Saúde e diversas Organizações Não Governamentais (ONGs), estão sempre engajados na divulgação de campanhas publicitárias com o intuito de conscientizar a população ao uso de preservativos, seja a camisinha masculina como também do preservativo feminino.

Todas as pessoas que estiverem com alguma doença sexualmente transmissível devem procurar um médico para evitar o desenvolvimento e agravamento do caso. Cada DST tem um medicamento específico, por isso não é indicado o auto-medicamento e apenas um especialista tem condições de dizer qual o melhor tratamento.

AIDS
A AIDS é uma doença que se manifesta após a infecção do organismo pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV (proveniente do inglês – Human Immunodeficiency Virus).

A transmissão ocorre por meio do contato com sangue, sêmen, secreção vaginal ou leite materno da pessoa doente. É muito importante lembrar que suor, lágrima, beijo no rosto ou na boca e uso comum de sabonete, toalha, copos ou talhares, entre outros, não transmitem a doença.

A AIDS não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são semelhantes: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha.

De 1980 a junho de 2007 foram notificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 474.273 casos de AIDS no país. De acordo com o Boletim Epidemiológico de AIDS – HAIV/DST e Hepatites B e C do Município de São Paulo, divulgado no último dia 12 junho de 2010, entre o ano de 2000 e 2008, dos homens infectados, 28,9% era homossexual, 9,4 % bissexual, 37,8% heterossexual e 6,9% contraiu a doença através de drogas injetáveis. Já entre as mulheres, 94% eram heterossexuais e 6% delas contraíram a doença por compartilhar seringas. Entre agosto de 2008 e julho de 2009 ocorreram 37.955 mortes, sendo 29.296 do sexo masculino e 8.659 do sexo feminino.

HEPATITE B
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por uma série de síndromes que vão desde a infecção imperceptível até a rápida progressão, que chega muitas vezes a ser fatal. Os sintomas são a falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia, dores articulares, icterícia (amarelado da pele e mucosas), entre os mais comuns.

A transmissão pode acontecer pelos seguintes líquidos corpóreos: sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem e secreções vaginais e, menos comumente, a saliva. Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, trata-se apenas os sintomas e as complicações. Para se prevenir é possível tomar a vacina específica e, para prevenção, valem os mesmo cuidados relacionados com a AIDS, ou seja, sexo seguro e atenção na manipulação do sangue.

HERPES

A Herpes Genital é a doença sexualmente transmissível diferente da herpes labial. Ela fica incubada no sangue, provocando feridas que ardem de tempos em tempos. O tratamento faz os sintomas desaparecerem, porém a herpes permanece no corpo e retorna em momentos de baixa imunidade ou estresse. Só acontece a transmissão da herpes quando há feridas ou bolhas e os sintomas da infecção são vermelhidão, cegueira e dor nos órgãos genitais.

GONORRÉIA
Doença sexualmente transmissível que só é adquirida através da relação sexual e deve ser tratada, pois provoca esterilidade na mulher e pode ser transmitida no parto, causando cegueira no bebê.

SÍFILIS
A Sífilis possui três estágios para desenvolvimento. Inicialmente provoca feridas nos genitais, na segunda fase, apresenta manchas nos pés e mãos e na terceira, pode evoluir e provocar cegueira, paralisia, doenças cardíacas, neurológicas e até a morte. A transmissão é feita através da relação sexual, da mãe para o bebê na gravidez e transfusão de sangue não-testado. É possível prevenir a doença com o uso da caminha, exame de sífilis no pré-natal, transfusão de sangue sempre testado e auto-exame.

Prostituição: o dinheiro fácil

A prostituição se define por “uma troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais ou afetivos”, isso significa na maioria das vezes por dinheiro. Esta, por muitos considerada como profissão, é procurada por pessoas sem oportunidades de emprego, ou insatisfeitas com o salário em relação ao tempo e trabalho árduo. É bom ressaltar, que muitas artistas de televisão não recebem bons cachês ou salários, e há quem diga que boa parte acaba se prostituindo.
Muitas mulheres, meninas, até mesmo vindas de famílias boas, de classe média alta,estas conhecidas como prostitutas de luxo, procuram essa vida pela vontade serem independentes, terem seu próprio dinheiro, pagarem suas contas e claro, para terem muito luxo e mordomia com o dinheiro ganho.
Parte das pessoas que também se prostituem, são mulheres e meninas, até mesmo menores de idade, que muitas vezes não tem dinheiro nem pra se alimentar, então elas têm como profissão a prostituição. Se prostituir é sinônimo de dinheiro fácil,para as prostitutas mais simples 1 hora com uma pessoa pode variar de 30 a 300 reais; já para as prostitutas consideradas de luxo o valor vai de 500 até 8 mil ou mais por hora.
De fato o dinheiro ganho em relação ao trabalho feito é um dinheiro de ótimo tamanho quando comparado ao um salário mínimo mensal de um empregado, analisando: se uma prostituta trabalhar 5 horas por dia ganhando 30 reais, em um dia ganha quase a metade de um salário mínimo mensal. Daí vem a questão: prostituição é um problema ou uma solução?

Revista "MUNDO e MISSÃO"

Mulher




Para se opor às multinacionais
da prostituição que escravizam
milhares de mulheres e crianças,
nasce uma pequena multinacional
do amor, formada por muitas
associações católicas.
O que o Brasil pode fazer?


por Ernesto Arosio

Uma multinacional católica
contra as multinacionais

da PROSTITUIÇÃO
ilhares de mulheres e crianças se prostituem ou são obrigadas a se prostituírem em todas as cidades da Europa e do mundo, sob um forte e feroz controle de gangues de bandidos e traficantes. Nos tribunais, são raros os processos contra esses exploradores do moderno comércio de escravos/as sexuais e, quando julgados, as condenações são sempre brandas, devido ao envolvimento de policiais e autoridades. Mesmo os países que já avançaram muito na defesa dos direitos humanos têm fracas respostas a esse comércio humano, que se torna cada vez mais poderoso, mais ousado nos meios e na violência empregados para dominar suas vítimas e proporcionar enormes lucros para os traficantes.
Hoje, existem até multinacionais da prostituição organizadas que envolvem banqueiros, aliciadores, traficantes, acompanhantes, "protetores" e encarregados da lavagem do dinheiro que provém do tráfico.
Diante dessa insustentável situação, uma dezena de associações católicas européias, que já trabalham no campo da marginalidade em vários países, reuniram-se em Paris, para organizar um plano contra o tráfico de seres humanos. Do encontro participaram, por exemplo, a Ong francesa "Aux captifs, la libération" (A liberdade aos prisioneiros) e a Fundação Regina Pacis da Itália.
Com a presidência do cardeal Lustiger de Paris, essas entidades decidiram criar um network, isto é, uma pequena multinacional para implantar e coordenar ações eficazes para ajudar as vítimas da exploração sexual, proteger as que querem se libertar dos cafetões, proporcionar-lhes assistência psicológica e social, elaborar projetos contra o tráfico e colaborar com os poderes públicos nacionais, para que não haja tolerância legislativa nem judicial com os traficantes. Para isso, é preciso criar leis penais mais severas, estabelecer contatos internacionais entre polícias e magistraturas e dar às vítimas do tráfico um estatuto especial, como para os refugiados políticos, e assim romper o jugo de medo e violência que existe entre as vítimas e as gangues.
O cardeal Lustiger sublinhou que para elaborar uma legislação eficaz de âmbito mundial seria necessário muito tempo e não se pode mais esperar para se opor à criminalidade dessas gangues em contínuo aumento. Entre as iniciativas a curto prazo, está a criação de uma rede "eclesial", porque deveria envolver todas as Igrejas no mundo, para desenvolver iniciativas em prol das vítimas, nos países de consumo e de fornecimento.
OS NÚMEROS
Dar números exatos da prostituição e do tráfico de mulheres é impossível: tudo acontece fora da lei. Todavia, é possível ter uma visão da enorme tragédia, consultando os dados fornecidos pelas polícias e entidades que trabalham para proteger as vítimas.
As escravas que vivem na Europa e são obrigadas a se prostituir chegam a 500 mil. Os traficantes, cada qual com um papel diferenciado dentro da rede organizada da prostituição, parecem ser mais de 80 mil.
Na Itália, onde conseguimos dados mais seguros, as que são obrigadas a se prostituir somam 70 mil, das quais, um terço tem menos de 18 anos, na maioria, imigrantes irregulares ou clandestinas: 59% provêm da Nigéria; 14%, da Albânia; 10%, da ex-Iugoslávia; 8%, da América Latina; 3,6%, da África do Norte. Existem também prostitutas européias e outras provenientes das Filipinas, da Somália e Etiópia. 35% das estrangeiras têm entre 14 e 16 anos. Conforme dados da Parsec, um departamento estadual que estuda a paridade dos direitos humanos, 94,2% seriam mulheres, 5%, homossexuais e 0,8%, travestis. Lembramos que o termo veado, introduzido na Itália, para denominar os prostitutos brasileiros, tornou-se a alcunha de todos os homossexuais existentes no país. Em 1999, sempre na Itália, foram denunciados 1064 delitos ligados à prostituição contra 283 delitos de dez anos atrás.
O tráfico de escravas brancas para a Europa começou em 1990, quando se abriram as fronteiras após a queda do comunismo no Leste. Em vários países, surgiram gangues de jovens criminosos que começaram a comercializar mulheres e droga. Muitas moças foram recrutadas mediante falsas promessas de trabalho e uso de violência. O faturamento global proveniente do tráfico para a prostituição, conforme dados das polícias européias, varia entre 5 e 7 bilhões de dólares, sendo que cada escrava, para ser aliciada, raptada, vendida, transferida ilegalmente para os países onde será obrigada a se prostituir, custaria para a gangue 16 mil dólares, que a vítima deverá reembolsar com seu trabalho.
MÉTODOS DE ALICIAMENTO DE MULHERES
Torturas, estupros, raptos, vendas de pessoas e outras violências são fatos que alimentam a rede internacional de prostituição feminina, masculina e infantil. A causa, na maioria das vezes, é a pobreza que empurra as futuras vítimas a procurar uma vida melhor mas, desse legítimo desejo, aproveitam-se os criminosos.
Os métodos para conseguir novas vítimas para o mercado mundial da prostituição variam de país para país. Na Nigéria, existem sociedades financeiras e bancos que emprestam dinheiro para as famílias das eventuais vítimas: até 10 mil dólares para que elas cedam as filhas ou os filhos para - segundo os traficantes - trabalhos em shoppings, restaurantes, cafés, casas noturnas nas cidades grandes. Caso as famílias descubram o verdadeiro destino de seus filhos e reclamem, são chantageadas pelos empréstimos bancários, nada podendo fazer senão aceitar o triste fato. Antes de serem transferidas, clandestinamente, para a Europa, as nigerianas passam por um rito de vodu para assustá-las, caso queiram se revoltar contra os traficantes.
Na Albânia, usa-se o método da promessa de falsos matrimônios com europeus, de emprego em casa de famílias ou as jovens são vendidas por famílias que não têm como sustentá-las. Reunidas em cidades portuárias, elas são leiloadas várias vezes entre os traficantes e enviadas para a Europa, via Itália, onde novamente são vendidas e, caso se revoltem, sofrerão todo tipo de violência física e moral. Elas devem render muito dinheiro para o protetor, além de pagar suas próprias despesas, cerca de 300 dólares diários.
Na Moldávia e na Romênia, as moças são engajadas para trabalhar em casas noturnas na Europa, mas, uma vez passada a fronteira, são obrigadas à prostituição. Podem ser alugadas a outros cafetões ou a pessoas de quem ninguém suspeita, por preços que variam até R$ 4.000,00 mensais, que ela terá que pagar com a prostituição. Para outras que entram na Europa com um passaporte legal, este logo lhes é retirado para que vivam na clandestinidade e à mercê dos protetores.
A PROSTITUIÇÃO NO BRASIL
Além da fácil prostituição interna de mulheres, jovens e crianças, o Brasil é tido também como um ponto importante de exportação de prostitutas e prostitutos aos países vizinhos e da Europa. Os números exatos das pessoas envolvidas na prostituição são muito relativos, enquanto, mais conhecidos são os números da prostituição infantil muito exercitada nas regiões norte e nordeste do país.
Conforme dados baseados em denúncias, dificilmente comprováveis, acredita-se que 500 mil meninas, a partir de dez, doze anos estariam envolvidas na prostituição. A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência - Abrapia - traz os números de denúncias recebidas entre janeiro e junho de 2002: houve, em todo o País, 797 denúncias de abuso e exploração sexual de menores (conferir www.abrapia.org.br). Os Estados onde houve mais denúncias de abusos e exploração sexual são Rio de Janeiro, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e Bahia. Os meios para aliciar as crianças são os de sempre e de todo lugar: promessa de dinheiro e de vida melhor. As causas também são várias, entre as quais a pobreza das famílias, em particular do Norte e Nordeste, a vontade das crianças de escapar do estado miserável em que vivem, para alcançar as imagens de riqueza e luxo vistas na televisão.
Geralmente, as meninas são contatadas nas escolas com promessas de emprego em boates em várias partes do País ou no exterior. O trabalho de aliciamento é facilitado pela conivência de muitos policiais que fazem vista grossa, seja quando conhecem os aliciadores ou quando encontram meninas nas fronteiras com homens adultos, muitas vezes suspeitos, com documentos adulterados ou falsos que a própria polícia forneceu aos traficantes. Testemunhos revelados por reportagens da revista Isto é on line e outras citam até nomes de lugares onde existiria esta complacência das autoridades com a prostituição infantil ou de mulheres, mas parece que os órgãos policiais e judiciais pouco ou nada fazem.
Quando as meninas se revoltam, passam por ameaças, torturas físicas e devem se prostituir para pagar as despesas que os traficantes fazem como pagamentos de viagens, documentos e subornos, sendo mantidas num regime de semi ou total escravidão. As que conseguem se libertar ou fugir guardam, por um longo tempo, os traumas dessa vida de escravidão.
Há também meninas que, conscientes ou inconscientes, se oferecem para os traficantes ou enveredam na prostituição, iludidas de encontrar uma vida melhor que a de suas famílias pobres. Também foi constatado que muitas famílias encaminham suas filhas para a prostituição para terem um meio de sobrevivência.
Conforme denúncia da OEA, o Brasil é um dos países que mais exportam meninas para a Venezuela, Bolívia, Guiana e Europa. O Centro de Estudos de Referência da Criança e Adolescente - Cecria -, em conjunto com outras organizações não-governamentais da América Latina, mapeando as rotas da prostituição, revela essa preeminência do Brasil e seu diretor, Marcel Hazeu, que coordenou a pesquisa, sublinha que "o tráfico de meninas no Brasil não é rara exceção, mas uma realidade de grandes proporções".

Prostituição para viver


Considerada a “profissão mais antiga do mundo”, a prostituição é definida no dicionário, como “troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais, afetivos ou prazer”, ou seja, consiste em uma relação de troca entre sexo e dinheiro, não sendo uma regra, já que pode entrar no acordo bens materiais, informação, entre outros interesses.


Aqui no Brasil, a atividade de se prostituir não é considerada ilegal, entretanto, o incentivo à prostituição e a contratação de mulheres para atuar como prostitutas no Brasil ou fora é considerado crime, aí sim passível de punição.

Em pesquisa realizada pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), estima-se que o Brasil possui 1,5 milhão de pessoas que vivem da prática do sexo. Um negócio que faz girar mais de R$ 500 milhões no Brasil e mais de R$ 70 bilhões no mundo inteiro anualmente. O mesmo estudo aponta que 28% das mulheres iniciaram na prostituição por não conseguirem empregos, 55% necessitavam ganhar mais para ajudar no sustento da família, 59% são mulheres chefes de família e sustentam sozinhas os filhos.

Motivos não faltam para que homens, mulheres e travestis a vendam o seu próprio corpo, como a miséria vivida em família, pobreza, abandono do companheiro ou marido, ou até quando são expulsas de casa por gravidez indesejada. Ao escolherem trabalhar como profissionais do sexo, muitas delas acabam abrindo mão do contato com a família e dos amigos. Não costumam ter uma vida social ativa, pois sentem vergonha do que fazem, e temem sofrer preconceito.

Difícil mesmo é entender os raciocínios da sociedade, que tem preconceito com quem vende seu corpo, mas não por quem paga pelo serviço.

Prostuição Infantil

A prostituição infantil é um mal presente em todas as partes do país, normalmente envolvendo o crime organizado que alicia crianças e jovens para essa atividade. A prostituição infantil pode acontecer:
Quando uma criança ou adolescente se prostitui nas ruas de qualquer cidade em busca de dinheiro. A criança leva este fim quando é submetida à violência dentro de casa e resolve fugir. Para fugir, necessita de ajuda de terceiros e faz qualquer coisa para ficar livre de casa e de sua família, se submetendo a qualquer tipo de pagamento. Desse modo, iniciam a vida sexual e posteriormente tornam-se escravas do sexo para ganharem dinheiro para comer, se vestir e, principalmente, para se drogar. Normalmente são aliciadas por cafetinas e cafetões, que permanecem por trás da organização, mas há casos de menores que encontram “um ponto” e ali permanecem para vender seu corpo.
Quando um conhecido ou parente usa uma criança ou adolescente a fim de promover seu prazer. Toca a criança para estimulá-la e também coloca a criança para tocá-lo com o único objetivo de usá-la como objeto de prazer. Crianças agressivas com a família, com dores na genitália, com lesões e/ou sêmen no ânus ou na vagina, com preocupações precoces relacionadas ao sexo, com inflamações e hemorragias devem ser examinadas, pois estes são sintomas que uma criança ou adolescente que está sendo ou que foi sexualmente abusada apresenta.
Prostituição infantil é crime de ordem pública, isto é, pode ser denunciada por qualquer pessoa que viu ou presenciou tal fato.